Cabeceiras diferentes – Como criar
Por Iago Patucci
Este é um tema bem pessoal e abrangente. De certa forma, as possibilidades são infinitas. Além da criatividade, um fator relevante a ser considerado é a manutenção e higiene, afinal, com a vida corrida de hoje ninguém quer um ponto que só seja bonito e nada funcional. Partindo desta premissa, quando vou criar o conceito de uma cabeceira, a primeira coisa que penso é traduzir a personalidade do cliente.
Se for jovem e descolado, o uso de cores e materiais alternativos, fora do padrão tradicional, é uma boa direção a seguir, se for mais conservador, essas bases mudam e podemos direcionar para o uso de marcenaria tradicional, espelhos, papel de parede e até mesmo couro. Sanada esta etapa, a próxima a ser enfrentada seria como traduzir isso em uma cabeceira, aí começam os croquis e a busca por referências que se aproximam dos diferentes perfis e, como mencionei anteriormente, deve-se atentar para a preocupação com a funcionalidade.
Nesta cabeceira, o perfil da cliente era jovem e descolada, o uso de cores era algo que agradava, além do desejo por algo diferente e ousado. A escolha que fiz foi usar painéis de marcenaria com textura de tecido como base e intercalá-los com painéis amarelos feitos de garrafa PET e MDF, pois existia ainda a necessidade de ser algo com apelo sustentável. O mais bacana destes painéis é que eles foram fixados com velcro para que pudessem ser facilmente retirados para limpeza e até mesmo manutenção de tomadas e interruptores.
Este outro exemplo trata-se um cliente mais conservador e tradicional. O uso da marcenaria reta e simplificada foi a escolha certa, aliado ao papel de parede que imita linho cinza deu o acabamento final valorizado pelo pendente de acetato bronze e quadro com foto. A funcionalidade foi o ponto central deste projeto, visando a manutenção e a higienização.
A concepção desta cabeceira foi mais complexa que as outras, pois se tratava de uma cliente que transitava entre o tradicional e ousado e traduzir esta personalidade foi um desafio. A opção escolhida foi um painel piso teto com cor de madeira, porém esta solução a deixaria simples, foi aí que surgiu a ideia do painel trabalhado se remetendo a natureza, com galhos de árvores apenas destacados pela volumetria, o uso do pendente com cristais deu o toque final mais romântico à suíte.
Para a jovem menina, a ideia foi manter uma base toda branca, pois o papel de parede trazia muita informação para o ambiente. Desta forma, uma marcenaria branca com prateleira superior para guardar objetos foi a solução, mas ainda estava muito simples para uma jovem. Foi neste momento que tive a ideia de inserir um painel imantado, entre o painel de madeira e a prateleira, no espaço que estava vazio, assim a garota poderia colocar fotos, recortes e usar a cabeceira de forma divertida e interativa.
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